terça-feira, 29 de outubro de 2013

Vaca de divinas tetas, eu sou, mulher!

Derramo o leite bom na tua cara e o leite mau na cara dos caretas.
Por caretas, sou julgada, pelos seres livres, contemplada!

Vaca de tetas que alimentam, vaca de tetas torturadas pela gula dos capetas.

De olhos silenciosos e profundos e do mugido alto e agudo
Por caretas, sou comida,  pelos seres livres, amada!
Vaca de tetas que balançam, vaca  de tetas que dançam sozinhas nas mãos dos "puretas".

Sou vaca, sagrada e profana.
Sou vaca, que não dá, distribui de tão generosa. Sou vaca que anda em bando sem boi certo. Sou vaca gorda quando querem tirar proveito, sou vaca louca quando não me come bem.

Sou vaca, sagrada e profana.
Sou vaca, que não cansa, dá leite mesmo de teta estourada. Sou vaca que anda em bando mesmo sem boi certo. Sou vaquinha para que as pessoas se unam, sou mulher vaca quando me comem bem.

Bem mais que mãe, amiga, companheira: sou eu, vaca  de divinas tetas!

E nem que eu tussa todos os bois entenderão que somos nós que carregamos tetas que alimentam o gado todo. Não sou carne, mas também sou animal. Respeito muito as minhas lágrimas mas mais ainda a minha risada. Respeite, não são só os bois que carregam chifres. Inscrevo assim minhas palavras, na voz de uma mulher sagrada.





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